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Coronavírus: um holofote para os desafios da comunicação

Atualizado: 20 de jul. de 2020



Por: Stephanie Ferreira, Assistente de Comunicação e Imprensa

Começar esse artigo dizendo que nunca foi tão difícil ser comunicador nesse país seria redundante, pois sempre foi. Só que agora, temos desafios mais encorpados e preocupantes. O que vemos no Brasil desde a chegada da COVID-19 é um desencontro desesperador na busca de informações sobre o vírus e a prevenção contra o contágio, misturado com o pouco desejo das autoridades públicas em dar a devida importância ao assunto, além de virar um grande eco para a verdadeira informação, desorientando e desinformando a sociedade.

E esse virou nosso maior desafio: manter uma população informada com transparência, clareza e verdade. Na era das fake news, essas três características são essenciais para a diferenciação de conteúdo. Sem elas, é impossível se fazer comunicação, que caso fosse feita de modo correto, seria totalmente capaz de contribuir para o enfrentamento da pandemia de modo colaborativo, com governo e sociedade.

Digo correto, pois muitos canais de comunicação foram criados desde o início dessa pandemia. Canais de nível estadual e federal, que replicam informações por todas as mídias sociais, e que mostram pouco do muito que deveria ser esclarecido. Afinal, até que ponto essas informações seriam precisas e claras? A disponibilização desses dados não garante sua transparência, muito menos o envolvimento da sociedade, o que acaba trazendo uma série de ruídos, bloqueando a efetividade de nossas informações.

Já para os comunicadores de outros segmentos, o ruído vem de forma estarrecedora e por vezes, desanimadora. Vemos nossos colegas enfrentando inúmeros problemas desnecessários, tratamentos rudes e total atropelo de informações. Nós sabemos o tamanho do esforço que é necessário para buscar e estruturar esse tipo de conteúdo. As noites sem dormir, o desgaste físico e psicológico de quem precisa ser fiel em suas informações. E saber que tudo isso seria facilitado, se obtivéssemos o real apoio e credibilidade de um poder dito ‘’supremo’’, é mais desgastante ainda.

Com isso, encerro esse artigo com algumas perguntas: A comunicação sobreviverá ao poder público, ou terá sempre o obstáculo de uma profissão que sequer pode ser reconhecida em sua totalidade?

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